quinta-feira, 19 de maio de 2011



Avicultura em expansão em Itapetinga

O campus da UESB de Itapetinga está se preparando para assistir de forma mais eficiente os produtores rurais da região. O laboratório experimental de Avicultura está sendo ampliado com a construção de mais um galpão de postura com capacidade para acomodar até 400 matrizes, enquanto que, atualmente, o setor mantém 250 matrizes e desenvolve três raças de galináceos – índio gigante, peloco e barbuda do Catolé; uma de pato – cinza do Catolé; e duas de perdizes – white face e a perdiz (codorna) brasileira.

Os trabalhos desenvolvidos no campus são direcionados à recuperação dos recursos genéticos de aves da região, permitindo o melhoramento do animal. Segundo o professor do curso de Zootecnia e coordenador do laboratório experimental de Avicultura, Ronaldo Vasconcelos,“todo o material genético desenvolvido no setor é disponibilizado gratuitamente ao produtor rural, bastando para isso que os interessados na criação se dirijam à avicultura para a aquisição de até duas dúzias de ovos”. No setor, os animais são produzidos como no sistema familiar, e tem sua alimentação complementada com larvas de moscas, produzidas no campus, e amoras, que fornecem a elas alto teor de ferro. Mas a maior parte da nutrição das aves está no capim, explica o professor, “o capim responde por cerca de 40% da alimentação, o que barateia muito o custo da criação e dá aquele ovo vermelho, com o sabor caipira que o consumidor quer”.

Cada ave possui um diferencial genético, que foi potencializado com o desenvolvimento da raça no campus. A peloco, por exemplo, chega a pesar cinco quilogramas; já a barbuda do Catolé põe ovos azuis enormes; e o índio gigante cresce até 80 centímetros. De acordo com Vasconcelos, “ a descendência das aves aqui produzidas é a mesma das norte-americanas, e elas são encontradas nas fazendas da região devido a alguma característica que requeira um estudo mais preciso em seu material genético. Então, o papel dos pesquisadores é recolher, fazer o cruzamento e a choca natural, gerando aves de porte, com certificado de pureza, que custam em torno de um mil e oitocentos reais. Por isso, gostaríamos de chamar a atenção dos produtores rurais com relação as aves de sua propriedade com alguma característica para averiguação, precisamos que ele entre em contato conosco, a fim de que possamos buscar esse material e não permitir que ele se perca.”

A criação de perdizes é outro grande destaque do laboratório. São desenvolvidas no campus hoje dois tipos de codornas, com potencialidades genéticas distintas: a perdiz brasileira com atributos de postura de ovos, e peso entre 135 e 140g; e a white face que é uma ave de corte, e chega a pesar 500 gramas, alcançando um alto preço de mercado. Para o professor Ronaldo, “ o norte-americano, hoje, tem as melhores raças do mundo, e no entanto possui o mesmo tempo de colonização que nós temos. A diferença é que, lá, eles desenvolvem as aves, e nós estamos começando a fazer isso no Brasil. Por isso, somos tão dependentes da avicultura norte-americana”.

As obras do anexo devem ser conclusas até o final do mês de março, e irá beneficiar principalmente o curso de Zootecnia com a instalação no local de uma área destinada a cunicultura experimental, com capacidade para 150 matrizes. Atualmente, o espaço de funcionamento da Avicultura abriga a produção de cinco áreas experimentais: a coturnicultura, frango de corte, aves de postura, animais silvestres e mais recentemente, criação de coelhos, a qual precisava ser estruturada para uso dos zootecnistas em formação.

Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (77) 3261-8619.

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