terça-feira, 13 de setembro de 2011

UESB amplia discussões sobre adesão ao SISU

por Mellina Montanha

Com o intuito de expandir e democratizar as discussões sobre a proposta de adesão ao Sistema de Seleção Unificada (SISU), que seleciona candidatos com base nos resultados obtidos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), a Uesb promoveu durante esta semana seminários nos três campi da Instituição. O objetivo foi esclarecer as dúvidas da comunidade acadêmica, apontando os aspectos positivos e negativos da adesão total ou parcial ao SISU como forma de ingresso na Universidade, em substituição ou complementação ao Vestibular.


Os seminários foram realizados em Jequié e Vitória da Conquista, dias 6 e 8, respectivamente, e hoje em Itapetinga. Os encontros apontaram a tendência nacional de conceber os processos avaliativos para ingresso nas instituições com base não no acúmulo de informações, mas na aplicação destes conceitos, o que acontece hoje na prova do Enem.  A proposta de adesão ao SISU da Uesb apresenta três possibilidades, com percentual de reservas de vagas diferenciadas - até 200 vagas, de 200 a mil e acima de mil - aliadas a manutenção do Processo Seletivo de Vestibular para as vagas excedentes.Continue lendo



A contrapartida financeira recebida pela Uesb para aderir ao Sistema seria utilizada através do Programa Nacional de Assistência Estudantil para as Instituições de Educação Superior públicas estaduais, o PNAEST, que amplia as condições de acesso e permanência dos alunos no ensino superior, valorizando a mobilidade e proporcionando aos candidatos uma ampliação das possibilidades de acesso a graduação em todo o país. Para o Pró-reitor de Graduação, Luís Artur Cestari, que elaborou e sistematizou a proposta “o mais importante agora é que a Universidade avalie a partir desses seminários quais são as argumentações claras e justificáveis para tomar a decisão de aderir ou não ao SISU. O que não podemos é deixar de votar por não estarmos devidamente esclarecidos, bem como votar sem ter a clareza do porquê de estar dizendo sim ou não”.


Para o professor Nivaldo Santana, do Departamento de Filosofia e Ciências Humanas (DFCH), campus de Vitória da Conquista, é preciso analisar a proposta com profundidade, através de debates democráticos, levantando o máximo de variáveis possíveis. “Quando se tem uma política que estimula a mobilização social, já assegurada por lei, de jovens brasileiros, nós temos que discutir com profundidade, para não descaracterizar qualquer perspectiva de objetivo dessa Universidade no âmbito regional”, declarou.
“Depois dos esclarecimentos feitos nos três campi da Uesb, eu tenho razões fortes para acreditar na adesão ao SISU, não apenas pelo recurso que será utilizado nos programas de assistência estudantil, mas principalmente para colocar a nossa Universidade à disposição das pessoas de baixa renda”, apontou o vice-reitor, José Luiz Rech, que destacou ainda que o modelo atual de seleção ao ensino superior público precisa valorizar mais o lado social. E é pensando na permanência dos alunos que entrarem na Uesb através do SISU que Marília Botelho, discente do curso de Química, em Itapetinga, aponta que é preciso aprimorar a política de permanência estudantil na Universidade, “para que este aluno de fora não acabe vindo para a Instituição e depois fique sem condição de se manter enquanto permanecer nela”.


A proposta de adesão ao SISU será votada no próximo Conselho Superior de Ensino, Pesquisa e Extensão (Consepe), momento em que se a proposta for aceita serão definidos o quantitativo de vagas reservadas ao ingresso na Uesb pelo SISU e a partir de qual processo seletivo a medida passará a valer.

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