sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Braille e tecnologias assistivas: outras formas de perceber o mundo

De olhos vendados, caminhando pela Universidade com o auxílio de uma bengala ou com a ajuda de um guia. Foi assim que teve início na última segunda-feira, 30, mais um curso promovido pelo Núcleo de Acessibilidade e Inclusão para Pessoas com Deficiência (NAIPD-UESB), no campus da Uesb de Itapetinga.
                
Vivenciar um pouco as barreiras arquitetônicas e de aprendizado enfrentadas pelos deficientes visuais contribuíram para que os participantes do curso aprendessem a lidar com as diferenças, ao mesmo tempo em que foram capacitados para utilizar o sistema Braille. “O que mais gostei dessa experiência foi perceber a importância da ajuda do outro para me conduzir”, avaliou a diretora Maria Pereira Gomes, da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Itororó, ao relatar a experiência. “Eu achei o curso muito proveitoso para a gente, porque não sabíamos de nada disso, mesmo tendo alunos que precisam de nós”, destacou. 





Para João Taylle Teles Lima, que é técnico em enfermagem em Itororó e aluno do 5º semestre de Pedagogia na Uesb, “o curso foi muito proveitoso, pois a Universidade já está com pessoas de baixa visão, e futuramente podemos ter pessoas com deficiência visual total que vão precisar da ajuda de cada um de nós”. Para Taylle, a Língua Brasileira de Sinais (Libras) e o Braille “são especialmente importantes para nós pedagogos, que podemos mais tarde nos deparar com alunos com alguma deficiência em nossas salas de aula”.

Durante o curso foram abordados os conceitos elementares sobre as tecnologias assistivas, o sistema Braille, apresentação da máquina de datilografia Perkins e da impressora Juliet Pro-60, além dos softwares Braille fácil e Dos-Vox. As temáticas foram desenvolvidas por Jeniel Alves Santos, que pertence ao Núcleo de Inclusão em Vitória da Conquista. “É gratificante participar deste momento que a Universidade está vivendo e saber que futuramente, quando vermos este processo concluído, notar que eu fiz parte disso”, afirmou Santos. “Tenho um olhar muito positivo acerca da política de inclusão adotada nos últimos tempos. Isso é prova de que a Instituição está preocupada em ter um aparato humano que atenda a essas pessoas que chegam a Universidade”, finalizou.



























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